Agosto é também destinado para a Amamentação. O aleitamento materno é uma questão de saúde pública, de natureza humana e indispensável nos primeiros momentos da existência, ou seja, um direito do ser humano que precisa ser respeitado e protegido. O chamado Agosto Dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, em que a cor se refere ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Saiba os benefícios da amamentação.
Nesse Blogpost, o EuSaúde destaca e reforça a importância do ato de amamentar e te conta alguns segredos para uma amamentação saudável.
Em quanto tempo meu leite vai descer?
Precisamos entender que a “Descida do leite” ou a apojadura tem seu tempo para acontecer. Ela ocorre, em média, de dois a três dias, após o parto, podendo chegar até cinco dias (dependendo de alguns fatores).
No entanto, não há com o que se preocupar, e não existe a necessidade de dar leite artificial para o bebê. Pois a mãe nesse intervalo, produz colostro, que é essencial e muito nutritivo para o recém-nascido.
O que pode ajudar a descida do leite?
Parto vaginal (parto normal); uma mãe bem orientada e tranquila. É muito importante também, que o neném mame na primeira hora pós parto, o contato pele a pele imediato e contínuo estimula o início da amamentação e ajuda na contração do útero, diminuindo o risco de hemorragia pós-parto. Melhor dizendo, ter o bebê “coladinho” na mãe, com mamadas frequentes ajuda e muito.
Karina Fonseca, Especialista em Saúde da Família e Educação em Saúde e Consultora em Amamentação no EuSaúde, afirma: “Bebê saudável e nascido em boas condições, deve ser colocado para mamar desde a primeira hora, promovendo contato pele a pele, nutrindo de mamadas frequentes, que irá gerar inundação de ocitocina e resultar na descida do leite.”
O que pode atrapalhar a apojadura?
A cesárea, especialmente a eletiva (agendada); uma mãe com o estado emocional fragilizado, insegura, e que não conta com o apoio profissional/familiar necessário. Como já dito, o bebê longe da mãe atrapalha esse processo.
Outros fatores são: a pega incorreta do bebê ao seio materno; pouca oferta de mamadas; uso de chupetas e início precoce de complemento.
Meus mamilos são planos ou invertidos, e agora? Poderei amamentar?
O problema não são os mamilos e sim o mito! E é uma dúvida muito frequente entre as mães (principalmente de primeira viagem). A verdade é que para uma boa “pega” ao seio, com ordenha (retirada) adequada do leite, o bebê precisa abocanhar a aréola e não o mamilo!
Apesar dessas duas situações serem motivos de dificuldades no início -veja- no INÍCIO. Não impedem o estabelecimento da amamentação! O que mais prejudica, na verdade, é a insegurança que a mãe pode receber (até pelos profissionais de saúde que a acompanham durante a gravidez e no pós parto), do que a anatomia da mama!
Por isso a importância de uma informação correta e apoio para as dificuldades iniciais, se ocorrerem.
O estado emocional da mãe pode interferir na amamentação
A maternidade chegou. E junto a ela podem chegar alguns sentimentos como: frustrações; ansiedade; insegurança; além das dificuldades em relação ao cuidado do bebê e amamentação e cansaço. O que é muito comum e natural, visto que a rotina da mãe foi alterada, seu corpo.
Enfim, um misto de emoções, que alteram o estado emocional da mãe, podendo levar a uma interferência no processo da amamentação. Isso porque a ocitocina, hormônio responsável pela ejeção do leite, é inibida pela adrenalina, (hormônio liberado no estresse emocional).
Por isso é tão importante a genitora estar bem informada, apoiada, e se sentindo segura para amamentar seu bebê!
Porque a “pega correta” do bebê ao seio é tão importante para o estabelecimento saudável da amamentação?
Karina Fonseca diz que “O desmame precoce está diretamente ligado a uma má “pega” do bebê ao seio materno”. A sucção incorreta no ato da amamentação pode acarretar:
- Dor ao amamentar;
- Diminuição da produção do leite (esvaziamento insuficiente da mama);
- Perda de peso, ou ganho insuficiente (maior gasto calórico e menor ingestão do leite);
- Complicações mamárias (fissuras mamilares, ingurgitamento mamário, entupimento de ducto e mastite).
A combinação desses fatores provoca sofrimento na mãe, que introduz outras formas e tipos de leite para alimentar seu bebê e, claro, desmame precoce. Diante disso, a enfermeira Karina conclui que: “É imprescindível orientações corretas e apoio à essa mãe, desde a gestação, e durante o período puerperal por profissionais qualificados para esse acompanhamento.”
Quem mama, ganha!
É isso mesmo!
Já ouviu aquela frase: “Quanto mais o bebê mama, mais leite produz”? Sim, é uma verdade! Esse dito popular é confirmado de forma científica!
Quando o esvaziamento das mamas é ineficiente, por algum motivo, como pega incorreta do bebê, mamadas muito curtas ou intervalos prolongados entre elas, leite fica “acumulado” nos alvéolos, ocorrendo o que chamamos de “inibição mecânica e química” da produção do leite.
A primeira pela presença de “peptídeos supressores da lactação”, que precisam ser removidos a cada mamada. A segunda, pela “distorção” das células alveolares que prejudicam a prolactina de se ligar a seus receptores, inibindo a síntese do leite.
Então, atenção mamães de plantão! Os pequenos precisam mamar corretamente e em frequência adequada! Em dificuldades, busquem ajuda!
Telemedicina no acompanhamento pré-natal e puerpério
A telemedicina supera barreiras geográficas ao levar o médico/enfermeiro para a casa da gestante ou puérpera por meios digitais. Certas consultas de pré-natal e puerpério, como retornos de exames, acompanhamento, orientações e esclarecimento de dúvidas, podem ser feitas remotamente.
A rede de apoio é fundamental nesse momento tão importante na vida da mulher. No EuSaúde, além do suporte para com a mãe e o bebê, toda família se beneficia.
Com os nossos serviços, a mãe (principalmente) é acompanhada a qualquer momento e em qualquer lugar do Brasil. Por meio da teleorientação e a teleconsulta, é possível esclarecer qualquer dúvida e insegurança.
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