Muitos partos prematuros podem ser evitados com cuidados preventivos, nesse texto o EuSaúde vai te mostrar alguns deles. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, aproximadamente 10% dos bebês nascem antes do tempo e, desde os anos 90, as complicações associadas à prematuridade vêm ocupando o primeiro lugar nas causas de óbitos nos primeiros cinco anos de vida.
IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL
A realização do pré-natal, desde os primeiros meses, representa um papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos para a gestante. O pré-natal serve também como fonte de informações e oferece para a mãe e seu ciclo familiar diferentes vivências da maternidade.
As trocas entre mulheres e os profissionais de saúde, são essenciais para uma gravidez mais tranquila. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação.
O QUE FAZER PARA EVITAR A PREMATURIDADE?
Consulte o seu médico periodicamente durante a gravidez
O número de consultas pode variar de acordo com a conduta de cada médico e também conforme as peculiaridades da gestação. No geral, a mãe é orientada a retornar ao consultório do obstetra mensalmente até o sétimo mês de gravidez. No oitavo, ocorrem duas visitas, uma em cada quinzena. Já no nono, o encontro com o especialista passa a ser semanal. Toda essa rotina serve para cuidar da saúde de mãe e filho e acompanhar de perto o desenvolvimento do bebê.
A importância do repouso
No terceiro trimestre gestacional, a atenção aos riscos de parto prematuro é um dos cuidados mais importantes. Por isso, a orientação médica é manter a tranquilidade, cuidar da alimentação, do sono e descansar bastante durante o dia. Tais práticas reduzem bastante o risco de parto prematuro.
As contrações prematuras elevam o risco da realização do parto antes do tempo previsto. Por conta disso, essa é uma das complicações em que os médicos recomendam o repouso absoluto (quando necessário) na gravidez. Essa é uma importante medida para relaxar os músculos da pelve e reduzir esses problemas.
Cuide de doenças crônicas
Todas as mulheres com doenças crónicas, como hipertensão arterial, asma, diabetes, obesidade, epilepsia, lúpus ou depressão, devem pedir apoio ao seu médico quando planejam engravidar. Ter um médico de família, pode facilitar muito nessa decisão, ele se fundamenta na atenção primária à saúde e informa quanto aos riscos para a mulher e para o bebê.
A medicação contra doenças crônicas durante a gravidez e amamentação nem sempre são maléficas ao bebê. Nestas situações, os médicos devem ser capazes de esclarecer e ajudar a mãe sobre o melhor a ser feito. Há casos em que a mulher deve ser aconselhada a esperar pelo melhor controle da doença, mas somente o especialista poderá dizer.
Rede de apoio
O auxílio proporcionado pela rede de apoio materna é a chave para a manter a saúde mental e emocional durante a maternidade. Os benefícios são inúmeros: ao receber apoio em um período de mudanças e reestruturação, a mulher é capaz de fortalecer sua autoestima e autoconfiança.
A ajuda pode proporcionar também segurança para que a mulher seja capaz de maternar de forma mais tranquila. Isso contribui para uma diminuição significativa na probabilidade de desenvolver ansiedade, depressão pós-parto e outras doenças mentais (ou até mesmo físicas).
No EuSaúde, a mãe conta com atendimento multidisciplinar e uma rede de apoio especializada durante toda a gestação e após o nascimento do bebê.
Saúde mental
A depressão na gestação tornou assunto para dois grandes grupos de estudos. Um sobre os fatores de risco da depressão na gravidez, como as dificuldades econômicas e a falta de parceiro ou de suporte familiar e social. E o outro associa a depressão como fator de risco para certos desfechos obstétricos, como prematuridade, o baixo peso ao nascer, a irritabilidade do bebê, ou mesmo a mortalidade neonatal.
É comprovado cientificamente que a tensão da gestante estimula a produção de determinados hormônios que atravessam a barreira placentária atingindo o organismo do feto em desenvolvimento. Dessa maneira, alteram a própria composição placentária e do ambiente fetal. Cuidar da saúde mental durante a gravidez é tão importante quanto a realização de exames da rotina gestacional.
“Maternidade ideal x Maternidade possível.
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Tabagismo
Filhos de fumantes adoecem duas vezes mais do que os filhos de não fumantes.
A mulher grávida que fuma aumenta o risco de descolamento de placenta e hemorragias uterinas. Há também o dobro de chance de o bebê nascer com baixo peso, 70% de chance de aborto espontâneo, 40% de chance de ter parto prematuro e 30% de chance do bebê apresentar morte perinatal. Além disso, o bebê pode apresentar redução da sua função pulmonar, tornando-o suscetível a crises de dispneia e a contrair mais infecções respiratórias.
A TELEMEDICINA NO CUIDADO COM A MAMÃE E O BEBÊ
O acompanhamento da gravidez por Telemedicina é possível, porém não pode ser realizado de forma 100% remota, já que existem exames e consultas que devem ser realizados presencialmente. Assim, a Telemedicina na gravidez funciona de forma híbrida, com encontros presenciais e à distância alternados.
Com a Telemedicina, a gestante poderá tirar dúvidas diretamente com seu médico e sua rede de apoio. A frequência das consultas, tanto presencial quanto online, deve ser decidida entre a paciente e seu médico e pode variar entre as gestantes, pois a avaliação é individual e fatores como o tipo de gravidez – se de baixo ou alto risco – são decisivos na definição dos encontros com os profissionais para os cuidados da saúde tanto da mãe quanto do bebê.
Interconsultas
Aqui no EuSaúde nossos profissionais realizam as interconsultas. Esse tipo de acompanhamento proporciona a troca de informações do médico do EuSaúde com o médico obstetra da grávida. Com isso, podemos avaliar os exames da gestante, fazer orientações, observar a evolução da altura uterina e outros procedimentos que auxiliam as mães. Possibilitando a diminuição de idas desnecessárias ao atendimento presencial, tal como, enriquecendo informações e o conhecimento da situação da grávida para o seu médico obstetra.
SINTOMAS QUE PODEM LEVAR A PREMATURIDADE
A grávida deve estar atenta aos seguintes sintomas que podem indicar um parto prematuro:
- febre;
- vômito frequente;
- dor na região lombar;
- incômodo para urinar;
- inchaço das mãos e rosto;
- pressão em região pélvica;
- mudança na secreção vaginal;
- sangramento vaginal com coloração em vermelho vivo.
Vale lembrar que existem diferentes níveis de prematuridade e, geralmente, o risco aumenta quanto mais cedo o nascimento acontece. Ou seja, bebês de maior risco são os nascidos antes da 28ª semana de gestação.
11 CAUSAS DE PARTOS PREMATUROS
- Diabetes;
- Obesidade;
- Pressão alta;
- Prematuridade anterior;
- Deslocamento de placenta;
- Infecções urinárias e uterinas;
- Gravidez fruto de fertilização in vitro;
- Múltiplas gestações (gêmeos, trigêmeos ou mais);
- Idade da gestante (abaixo dos 17 e acima de 35 anos);
- Doenças no útero (miomas, malformações, útero curto, entre outras);
- Gestações próximas (de 6 a 9 meses entre um parto e uma nova gravidez).